sábado, 27 de janeiro de 2018

Roma – 1930: o histórico encontro entre Plínio Salgado e Benito Mussolini

Sérgio de Vasconcellos

Costumo dividir a vida de Plínio Salgado em treze fases:

1ª Do nascimento em 22 de Janeiro de 1895 até 1903, quando sua Família muda-se para Candelária, então um diminuto Distrito de São Bento do Sapucaí.

2ª De 1903 a 1905, período de residência em Candelária.

3ª De 1905, quando a Família retorna a São Bento do Sapucaí, até 1907, quando foi estudar no Colégio São José, em Pouso Alegre, Minas Gerais.

4ª De 1907 até 1911, ano em que faleceu repentinamente seu Pai, o Coronel Francisco das Chagas Esteves Salgado, e teve que interromper seus estudos e voltar a São Bento do Sapucaí, onde se tornou arrimo de Família.

5ª De 1911 até 1913. Época em que muito trabalhou para sustentar a Família.

6ª De 1913, quando se mudou para São Paulo (SP), por insistência do então Senador Dino Bueno, um velho amigo de seu Pai, para prosseguir nos estudos, até 1914, quando por instância de sua Mãe retorna mais uma vez a São Bento do Sapucaí para reassumir a função de arrimo de Família. Foi a segunda e definitiva interrupção dos seus estudos formais, e, compreendendo situação, Plínio Salgado toma a resolução de ser um autodidata.

7ª De 1914 até 1920. Viveu intensamente em sua Terra Natal, tornando-se figura conhecida em São Bento e Municípios próximos.

8ª De 1920, quando se muda novamente para São Paulo (SP), até 1930, quando embarca na primeira de suas viagens internacionais.

9ª De 1930 até 1939. Período que se inicia com a Viagem ao Oriente e à Europa e termina com outra viagem ao exterior, desta vez forçada, pois fora exilado pelo Estado Novo.

10ª De 1939 até 1946. Exílio em Portugal.

11ª De 1946 até 1964, isto é, da volta do Exílio até a implantação do Estado Novíssimo.

12ª Da Revolução de 31 de Março até a extinção dos Partidos Políticos, em 1965.

13ª De 1965 até seu falecimento, em 07 de Dezembro de 1975.

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Também costumo dividir a Biografia de Plínio Salgado não cronologicamente, mas, por Temas, doze, para  ser exato, e que são:

1º A Personalidade, o Caráter, suas tendências, etc.

2º A subsistência, os trabalhos e ocupações que exerceu.

3º Suas viagens.

4º A Família

5º Sua Filha e àquele que tinha como um Filho, o seu Genro, José Loureiro Júnior, cuja morte trágica atingiu Plínio profundamente.

6º Saúde.

7º Seus Casamentos.

8º Os bens herdados e o patrimônio que acumulou em toda uma vida de trabalho.

9º Vida intelectual, os Livros que escreveu e seu sucesso literário.

10º A Política, isto é, os movimentos e partidos de que fez parte ou fundou, enfim, suas relações com o Poder.

11º Suas profundas e longas amizades.

12º As perseguições, incompreensões e injustiças que sofreu por toda a vida.

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Mas, não fui chamado aqui para expor mesmo que numa síntese sumaríssima a impressionante Biografia do Autor de “O Esperado”, e, sim, para abordar um fato pouco conhecido em sua Vida.

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Plínio Salgado era um viajante incansável. Suas viagens por todo o Brasil são incalculáveis. Desde o seu retorno ao Brasil em 1930 até a década de 70, viajou incessantemente por todo o Território Nacional. Dando prosseguimento ao hercúleo trabalho dos Bandeirantes, que dilataram as fronteiras físicas da nossa Terra, Plínio Salgado vai dilatar as nossas fronteiras intelectuais, morais e espirituais, pregando em todos os quadrantes da Pátria, a Palavra Nova dos Tempos Novos.

Viagens internacionais, Plínio realizou-as em numero de oito:

1ª – 1930, pelo Oriente e Europa;

2ª – 1939, para Portugal, exilado.

3ª – 1948, a Espanha, para participar das Conferências Católicas Internacionais, tendo aproveitado para visitar Paris, Londres e Lisboa;

4ª – 1960, Paris, participando da Conferência Geral da Unesco.

5ª – 1962 – Roma, Conferência Interparlamentar. Nesta viagem teve a felicidade de conhecer e conversar com Sua Santidade o Papa João XIII.

6ª -  1963 – Lisboa. Reunião dos Países de Língua Portuguesa.

7ª – 1964 – Washington. Conferência Interparlamentar.
8ª – 1967 – Barcelona. Congresso Hispano-luso-americano-filipino dos Municípios.

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Esta noite tratarei apenas da primeira viagem internacional de Plínio Salgado, ou melhor, de um acontecimento havido durante tal viagem: o histórico encontro de Plínio Salgado com Benito Mussolini. Considero esta viagem tão importante que estou escrevendo um Livro sobre a mesma.

A respeito desta sua primeira viagem ao exterior as fontes são escassas. Plínio Salgado escreveu “Oriente” e “Como eu vi a Itália”, ambos publicados em 1931. Além destes Escritos, inúmeras referências são encontradas espargidas em diferentes Obras, Artigos, Discursos, etc. O conhecido escritor e editor Mário Graciotti, companheiro de viagem de Plínio na sua parte europeia, deixou dois extensos relatos nos seus Livros “A Europa Tranquila” (1949) e “Os Deuses Governam o Mundo (1980), além de ocasionais reminiscências em outras de suas Obras.

Em 1920, Plínio Salgado chegou à Capital Bandeirante, e como única fonte de subsistência obteve o modesto emprego de assistente de revisor do “Correio Paulistano”. Ele, que era um nome em sua cidade natal e em toda a região do Vale do Paraíba, na metrópole paulistana era um ilustre desconhecido. Nos próximos dez anos, graças a talento e esforço, alçar-se-ia daquela obscura função à jornalista renomado, romancista consagrado e Deputado Estadual. No ano de 1930, o celebrado Autor de “O Estrangeiro” podia se considerar um homem bem sucedido, com futuro próspero e calmo pela frente, mas, não, Plínio Salgado era um inquieto, um idealista, que se recusava a deitar sobre louros, principalmente quando questões de princípios exigiam outra atitude, e, assim, para espanto de muitos, renuncia ao seu mandato como Deputado à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo e, pouco tempo depois, embarca para o que poderíamos chamar de peregrinação ao Oriente. Expliquemos sucintamente os antecedentes da viagem.

Plínio Salgado, filiado ao Partido Republicano Paulista – P.R.P. -, sempre pertencera à ala que advogava uma completa renovação da linha partidária, e, apesar disso fora convidado a candidatar-se à Assembleia Legislativa pelo próprio Governador do Estado de São Paulo, Júlio Prestes, que, não obstante as discordâncias, via no Autor de “Literatura e Política” um elemento de escol que só abrilhantaria o legislativo paulista. Plínio Salgado foi eleito em 1927 e não desmereceu a antevisão de Júlio Prestes. Em 1930, governava Washington Luiz, o último e melhor Presidente da chamada República Velha. Numa decisão infeliz, ele quebra a Política do Café com Leite, e lança Júlio Prestes, como Candidato à Presidência, que vence as Eleições. Todavia, Plínio continuava alinhado com aqueles que dentro do P.R.P. não concordavam com os métodos empregados, particularmente, naquele pleito presidencial, desde a escolha monocrática do Candidato até a forma da campanha, com violências e mortes, aliás, de ambos os lados, chegando à fraude eleitoral pura e simples, garantidora da vitória do Candidato situacionista. Tudo aquilo confirmava o que já era uma certeza antiga no seu espírito, que a liberal democracia era um logro, uma farsa, e que o Brasil precisava trilhar novos e revolucionários caminhos se quisesse manter-se como Nação soberana.

Não poupando críticas ao descalabro porque passava a Nação Plínio Salgado é chamado aos Campos Elísios, tão logo é proclamada a vitória esmagadora de Júlio Prestes, mas, sendo o nosso um País dos paradoxos, ao invés de ouvir do Presidente Eleito e dos bonzos do P.R.P. uma reprimenda  pela sua posição de independência, ele é convidado a participar do novo Governo. Outro talvez tivesse aceitado, mas, Plínio Salgado não transigia em questões envolvendo princípios e recusou. E vai além: Completamente insatisfeito com a nova ordem de coisas, renuncia ao seu mandato. Ao invés de pensar nas próximas eleições para a Assembleia Estadual ou, quem sabe, para a Câmara Federal, rompe radicalmente com a situação dominante, inclusive, recusando um Ministério que lhe fora oferecido por Prestes. Da noite para o dia, Salgado era um ex-deputado, tendo Família para sustentar...

E foi nesta situação aflitiva que, um belo dia, foi chamado para conversar com seu ex-patrão e grande amigo, Alfredo Egydio de Souza Aranha, que lhe faz uma proposta surpreendente:

Seu cunhado, o jovem Joaquim Carlos Egydio de Souza Aranha, tivera uma terrível desilusão amorosa e se encontrava muito abatido, e a Família resolvera enviá-lo numa viagem ao Velho Mundo para recuperar-se, e precisaria ser acompanhado de um preceptor, e que a Família concluíra que o homem ideal para a missão era Plínio Salgado. E que fora encarregado de lhe trazer o convite. Que sua sogra, Dª Amália Ferreira de Souza Queiroz propunha que recebesse por mês a mesma quantia que vinha recebendo como Deputado Estadual, bem como custearia todas as despesas da Viagem.

Plínio, pego de surpresa e algo perplexo, não hesitou e aceitou imediatamente. Fora um sonho que sempre acalentara, viajar, conhecer outras Terras, Povos, Costumes, mas, que até ali parecia irrealizável, pela absoluta e permanente falta dos recursos monetários necessários.

Assim, Plínio Salgado partia no dia 26 de Abril de 1930 para uma longa viagem de seis meses, que se constituiu num verdadeiro divisor de águas na sua Biografia, isto é, antes e depois de sua ida ao Oriente. Como disse antes, hoje só tratarei de um acontecimento, deixando a exposição mais detalhada de toda a Viagem para um volume que ainda está nos estágios iniciais de redação.

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Roma. Numa cálida tarde de verão, em fins de Junho de 1930, Plínio  Salgado dirige-se ao Palácio Veneza, sede do Governo italiano.

Graças à intervenção do órgão de classe dos jornalistas italianos  foi possível encaixar na agenda lotada de Benito Mussolini um encontro de 15 minutos, que devido à afinidade dos dois grandes homens estendeu-se por cerca de 40 minutos.

Apesar de pertencerem a gerações distintas, suas Biografias guardavam algumas similitudes: Ambos vinham de baixo, nascidos em cidades do interior, com mães que eram professoras, com pais que militavam politicamente, ambos eram jornalistas profissionais, poliglotas, com prodigiosa memória, os dois passaram por uma fase materialista, mas, reconciliaram-se com o Catolicismo, entregaram-se a militância política desde jovens, e compreenderam que dentro dos quadros da política tradicional burguesa, de direita e de esquerda, não se resolveriam os graves problemas, universais, nacionais e humanos, e que se fazia mister um novo paradigma – que Mussolini realizou com o fascismo, e que Plínio colocaria em curso no Brasil com a original criação do Integralismo.

Após as apresentações formais de praxe, o intérprete foi dispensado, pois, Plínio Salgado e Mario Graciotti – que também estava presente – falavam italiano.

Ao defrontarem-se os dois grandes homens, o que viram? Plínio Salgado tinha diante de si um homem de seus 47 anos, aparentando bem menos, “de estatura regular, de olhos azuis, de gestos seguros e de voz firme”, “de expressão vigorosa, tinha uma máscara inconfundível, onde velhos sofrimentos e velhas lutas pareciam ter marcado a passagem de uma vida agitada e forte”. Mussolini observa um homem de olhos castanhos, magro, franzino, de uns 30 anos (na verdade, trinta e cinco), de tez algo morena, mesmo para os padrões europeus meridionais, agitado por ideias novas, uma inteligência a transbordar-se.

Mussolini, no auge de sua popularidade, nacional e internacional, um hábil orador, que galvanizava multidões, e que lançara ao mundo uma alternativa ao liberalismo e ao socialismo, com uma impressionante genialidade que ainda seus mais encarniçados adversários reconheciam, e que seus admiradores exaltavam, considerando-o o “Arquiteto do Futuro”, para usarmos a expressão do escritor português Homem-Christo. Plínio, também no ápice de sua carreira como Jornalista, Escritor e Político, cuja fama já começava a ultrapassar as fronteiras nacionais, igualmente um brilhante orador, e que diria em breve, ao Brasil e ao Mundo, uma Palavra Nova, como arauto e anunciador de uma Nova Era, de uma Idade Nova, não apenas uma alternativa política, social e econômica, mas, uma nova Humanidade, a Quarta Humanidade, a Humanidade Integralista. Duas cosmovisões encontravam-se frente a frente, dois homens superiores deixavam suas diferenças de lado para estabelecer um diálogo franco, sincero, compreensivo e fraterno.

Dirigindo-se a Plínio Salgado, Mussolini diz que tinha notícia de sua visita à Itália. Que também estava informado que o Brasil progredia extraordinariamente, e que se sentia muito satisfeito da pujança social e econômica dos italianos no nosso País; em seguida, demorou-se num longo elogio a Washington Luís, a sua personalidade e esplêndido Governo.

Estaria Mussolini realmente a par da presença de Plínio na Itália? Que a colônia italiana no Brasil era próspera e muito contribuiu para o nosso progresso econômico, certamente era fato do conhecimento do governo italiano. E o elogio de Washington Luís era perfeitamente cabível e de praxe, ainda mais que deveria ter sido informado que Plínio era do Partido situacionista.

Após uma pausa que parecia interminável. Mussolini – parecendo ignorar a presença de Mario Graciotti – dirige-se novamente a Plínio Salgado, e diz:

“Sei que o senhor é um político nacionalista. Eu compreendo o nacionalismo como primeira etapa, e bastante fundamental, do universalismo, sinônimo de humanismo. Não se pode amar o Universo e as suas belezas, se não amarmos a terra e a gente, que nos rodeia, especialmente, o nosso povo, que é nosso próprio sangue, e no qual se inserem o nosso passado, o nosso presente, o nosso futuro, e as nossas mais profundas aspirações de justiça social”.

Mário e Plínio ouviam em silêncio. Aliás, Graciotti sequer abriu a boca, não tendo coragem de interromper o diálogo daqueles dois gigantes. Mussolini falava pausadamente, com um leve sotaque toscano e um olhar que se iluminava subitamente durante a conversa revelando a presença  do ideal superior que o animava.

Plínio Salgado falou de Alberto Torres e de suas críticas ao regime liberal e das soluções que propunha; em seguida, aborda sua própria concepção corporativa, em que as categorias econômicas e culturais da Nação vão estruturar o Estado e realizar de fato a democracia. Que estava admirado pelo que vinha observando na Itália Nova, o trabalho organizado, o capital controlado, a representação das classes, enfim, que o fascismo intervira no momento  preciso, abandonando as ficções do Estado liberal  e adotando instituições de realidade imperativa.

Mussolini ouvia atentamente  e assentia com a cabeça às afirmações de Plínio. Estaria realmente concordando ou sendo somente educado? O prolongamento da conversa por um tempo maior que o previsto atesta que Mussolini estava verdadeiramente interessado.

O futuro Autor de “Psicologia da Revolução” prossegue afirmando que antes de ser fundado um Partido, era preciso um movimento preliminar de ideias. Mussolini concorda e acrescenta que entendia ser bem diferente a situação do Brasil em relação à Itália, e que o processo que Plínio estava delineando era admirável.

Já nas despedidas, Mussolini, ainda dirigindo-se a Plínio, “augurou os mais completos triunfos à mocidade” do nosso País, e concitou-o a “não esmorecer no entusiasmo e na fé pelo futuro do Brasil”. E aí, finalmente, falando aos dois Brasileiros disse:
“Gostaria que os senhores, por serem jornalistas, escrevessem sobre o que viram em sua excursão pela Itália, fazendo justiça ao nosso esforço, pois, como sabem, estamos reestruturando a nossa vida administrativa e política”. E ambos os Escritores, em conferências, artigos e livros atenderam o pedido do Duce fazendo merecida justiça à Itália fascista.

Sobre a importância deste encontro na biografia política de Plínio Salgado, basta este trecho de uma carta datada de Milão, 04 de Julho de 1930:
“Tenho estudado muito o fascismo: não é exatamente esse o regime que precisamos aí, mas é coisa semelhante. (...) Volto para o Brasil disposto a organizar as forças intelectuais esparsas, coordená-las, dando-lhes uma direção, iniciando um apostolado. (...) Aliás, a minha orientação não teve nenhuma influência fascista. O encontro com Mussolini foi, apenas, o momento histórico em que tomei uma decisão. É a fascinação de Roma. Em Roma tudo nos convida à luta. A nossa personalidade cresce agressivamente, entre os vestígios dos povos que passaram pela vida lutando. Uma manhã, no alto do Janículo, junto à árvore de Torquato Tasso, com o panorama de Roma aos meus pés – o Coliseu e o Vaticano, o Fórum Romano e as termas de Caracala, o Aventino e o Palatino, e os palácios seculares que sobem e descem pelas colinas, eu senti uma saudade imensa do Brasil. E sentindo esse amor da Pátria, pensei em todas as marchas da cidade Eterna e refleti sobre a necessidade que temos de dar ao povo brasileiro um ideal, que o conduza a uma finalidade histórica. Essa finalidade, capaz de levantar o povo é o Nacionalismo, impondo ordem e disciplina no interior, impondo a nossa hegemonia na América do Sul,; principalmente no Prata. Voltarei para combater esse combate cheio de entusiasmo”.

Este é um sintético relato do encontro entre o futuro Chefe Nacional e o Duce. Encontro este que determinou uma decisão, cujas consequências finais rumo ao Sigma estamos muito longe de prever.


Anauê!

Palestra proferida no Rio de Janeiro, em 25 de Janeiro de 2018, em Solenidade promovida pela ACCALE - Associação Cívica e Cultural Arcy Lopes Estrella -, que homenageava dois vultos do Nacionalismo: Plínio Salgado e Arcy Lopes Estrella.

4 comentários:

  1. Este livro que o senhor está escrevendo, tem previsão de lançamento ?

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  2. Este livro que o senhor está escrevendo, tem previsão de lançamento ?

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  3. Uma excelente e elucidativa dissertação.

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  4. Que grande arrependimento de minha parte conhecer seu trabalho somente hoje, continue em frente amigo !

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